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Terapia de prótons induz resposta biológica para atacar cânceres resistentes a tratamento

Peer-Reviewed Publication

Mayo Clinic

ROCHESTER, Minnesota -- Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram uma nova técnica de terapia de prótons orientada mais especificamente para células cancerosas que resistem outras formas de tratamento. A técnica é chamada de LEAP, um acrônimo em inglês para "terapia de partículas biologicamente aprimoradas". As descobertas foram publicadas hoje no Cancer Research, a revista da American Association for Cancer Research (Associação Americana para Pesquisa do Câncer).

"O corpo humano recebe milhares de lesões no DNA por dia vindas de uma variedade de fontes internas e externas," diz o Dr. Robert Mutter, radio-oncologista da Mayo Clinic e copesquisador principal do estudo. "Portanto, as células desenvolveram vias complexas de reparo para consertar eficientemente o DNA danificado. Defeitos nessas vias de reparo podem levar ao desenvolvimento de doenças, incluindo câncer", diz o Dr. Mutter.

"Defeitos na via de reparo do DNA ATM-BRCA1-BRCA2 são comumente observados no câncer", relata o Dr. Mutter. "E no câncer de mama e ovário, mutações nos genes de reparo BRCA1 e BRCA2 são as causas mais comuns."

O Dr. Mutter, o Dr. Zhenkun Lou, copesquisador principal do estudo, e seus colegas estudaram um novo método de fornecer terapia de prótons aos tumores alvo com defeitos inerentes na via de reparo do DNA ATM-BRCA1-BRCA2.

"Nós comparamos os efeitos de fornecer a mesma quantidade de energia ou dose às células cancerosas usando um padrão de depósito de energia denso com a LEAP versus distribuir a mesma energia mais difusamente, o que é típico da terapia de fótons e prótons", diz o Dr. Mutter. "Surpreendentemente, descobrimos que os cânceres com defeitos inerentes na via ATM-BRCA1-BRCA2 são unicamente sensíveis à nova técnica de prótons concentrados."

O Dr. Lou diz que os tecidos normais adjacentes foram poupados e todos seus complementos de reparo de DNA permaneceram intactos. "Também descobrimos que podíamos reajustar o mecanismo de reparo do DNA farmacologicamente ao coadministrar um inibidor do ATM, um regulador da resposta do corpo ao dano do DNA, para tornar as células proficientes em reparo unicamente sensíveis à LEAP," afirma o Dr. Lou.

O Dr. Mutter diz que as características físicas distintas dos prótons permitem que os radio-oncologistas poupem os tecidos normais adjacentes com mais precisão, se comparado com a terapia convencional de radiação baseada em prótons. "A LEAP é uma mudança no paradigma de tratamento, pelo qual respostas biológicas recém-descobertas, induzidas quando o depósito de energia de prótons é concentrado em células cancerosas usando novas técnicas de planejamento de radiação, podem possibilitar a personalização da radioterapia com base na biologia do tumor do paciente," diz o Dr. Mutter.

Os Drs. Mutter e Lou dizem que suas descobertas são o produto de vários anos de desenvolvimento pré-clínico por meio de colaboração com especialistas em física, radiobiologia e mecanismos de reparo do DNA. O Dr. Mutter e a equipe de rádio-oncologia da Mayo Clinic estão desenvolvendo ensaios clínicos para testar a segurança e eficácia da LEAP em vários tipos de tumor.

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