image: This is Rui Costa. view more
Credit: Champalimaud Centre for the Unknown
O neurocientista português Rui Costa, investigador principal do Centro Champalimaud, em Lisboa, e Professor de Neurociências da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, vai receber, na terça-feira 27 de Junho, no Instituto de Neurociências da Holanda (NIN), em Amesterdão, a Medalha Ariëns Kappers.
Rui Costa foi escolhido pelo NIN como o galardoado de 2017 "pelo seu trabalho seminal sobre o controlo dos movimentos", explica aquele instituto. "Em particular, descobriu mecanismos essenciais, nos gânglios da base [uma área do cérebro] que são responsáveis pelo controlo da iniciação e das sequências de movimentos voluntários."
Todas as doenças que afectam os gânglios da base - doença de Parkinson, de Huntington, síndrome Tourette ("doença dos tiques"), etc. - têm um ponto em comum: os doentes não conseguem controlar os seus movimentos. "A investigação fundamental [de Rui Costa] fornece uma base para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas contra doenças como a Parkinson, as perturbações do espectro do autismo e as perturbações obsessivo-compulsivas", acrescenta o NIN.
A seguir à atribuição do prémio, Rui Costa dará uma conferência intitulada "Generating and shaping novel action repertoires" ("geração e formação de repertórios de novas acções").
O nome do galardão, que vem sendo atribuído pela Academia Real de Artes e Ciência da Holanda com uma periodicidade de cerca de dois anos desde 1987, é uma homenagem ao neurologista holandês Cornelius Ubbo Ariëns Kappers, que foi de 1908 a 1946 o primeiro director do Instituto Central de Estudo do Cérebro da Holanda, entretanto rebaptizado NIN.
Outros reputados neurocientistas receberam anteriormente este prémio. Entre eles, o português António Damásio e os norte-americanos Gerald Edelman e Michael Gazzaniga (todos eles laureados em 1999).
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